![]() No último final de semana foi realizado, pela primeira vez, um evento nerd/otaku na cidade de Eunápolis – BA (próximo de Porto Seguro) e devo dizer que o resultado foi muito além do imaginado. Marcado para acontecer no espaço de um antigo colégio da cidade, o intitulado “I Festival Cultura Nerd” perdurou durante toda tarde e reuniu diversas pessoas de todas as idades, de criança até adulto, ajudando a despertar e revelar em todos um estilo de cultura e hobby diferentes do que estão acostumados. Apesar de estar em seu primeiro ano, esse evento organizado pelo vereador e professor Tiago Mota, chamou muita atenção pelos stands e atrações planejadas para satisfazer todos os públicos. A programação diversificada e o clima de comunidade proporcionaram uma experiência única para todos os presentes. Entre o cronograma geral, tivemos: desfile cosplay, stands de action figures, jogos de realidade virtual e foto 360º, além de competições de Free Fire, Yu-Gi-Oh e Dragon Ball. ![]() No evento organizado por Tiago Mota e sua equipe, os jovens e adultos se expressaram no cosplay de uma maneira que eles não fariam em outros lugares por não terem essa receptividade e não se sentirem bem-vindos com seus gostos. Além disso, as competições nos jogos reuniram vários aficionados que disputaram de maneira ferrenha pelo prêmio de ganhador. Para finalizar, fiquem abaixo com uma breve entrevista com Tiago Mota, responsável pela organização do evento: ![]() Anime United: Sabendo que, em nossa cidade, esses tipos de eventos nunca foram uma opção de investimento. Então qual foi a sua motivação para criar o Festival Cultura Nerd? Professor Tiago Mota: Acreditar que a juventude eunapolitana é diversa e precisa de apoio e incentivo para se envolver em boas práticas. Dentro dessa diversidade temos a cultura nerd, que atrai a atenção de muitos jovens, mais que é um público invisível e por isso precisa de iniciativas como essa. Desde o início do nosso mandato sempre tive uma dedicação voltada para apoiar grupos culturais e esportivos não tradicionais em nossa cidade. Anime United: Quais os maiores desafios que você encontrou nessa jornada para criar um evento tão diferente para nossa região? Professor Tiago Mota: Apoio na liberação de local público pela prefeitura e a estrutura para o evento. ![]() Anime United: Notei muitas crianças participando ativamente e se divertindo no evento, além de adultos soltando sua criança interior. Você sempre imaginou que seria um evento tão diverso e cheio assim? Professor Tiago Mota: Sempre tive esse sonho de que o evento pudesse ser alegre e diverso, atraindo até mesmo os curiosos com a cultura geek, mas ao mesmo tempo, o resultado sempre nos surpreende, é muito gratificante ver o envolvimento do público durante o evento. Anime United: E, por falar nisso, o que mais te encheu de satisfação no dia do evento? Professor Tiago Mota: Ver que o público abraçou a ideia. Cada pessoa caracterizada de seu personagem mostra que rompemos o preconceito e esses jovens sairam de suas casas para mostrar o que gostam. Anime United: Fale sobre sua história com a cultura nerd. Você se considera um otaku/nerd de carteirinha? Professor Tiago Mota: Na verdade sou apenas um expectador, admiro a cultura mas não sou um envolvido totalmente, mas tenho meus animes, séries e filmes favoritos e sou um curioso na área. Em resumo, eu digo que sou fã da juventude, e tudo que tem a ver com a juventude eu apoio e incentivo. ![]() Anime United: E agora, quais são os seus planos futuros? Pretende realizar outra edição no ano que vem? Com mais patrocínio e um espaço maior, talvez? Professor Tiago Mota: Nosso objetivo é justamente tornar o festival um evento anual em nosso município. Vamos lutar para ver isso acontecer. Anime United: Para finalizar: Tem alguma página no Facebook ou instagram que o público da Anime United pode procurar se quiser conferir novidades futuras? Professor Tiago Mota: Nosso próprio instagram @professortiagomota. The post I Festival de Cultura Nerd Acontece na Cidade de Eunápolis – BA appeared first on Anime United. ![]() As vezes nos apegamos a algumas histórias que jamais pensaríamos que nunca fosse ter um final, mas infelizmente, muitas coisas estão fora de nosso controle, e animes ou mangás que se encerram abruptamente acontecem com mais frequência do que imaginamos. A ausência de um desfecho claro pode gerar frustração, e sem um ponto final, a história se torna um ciclo infinito de perguntas sem respostas, personagens em constante desenvolvimento sem um destino definido, e conflitos que se arrastam sem resolução. Só com essa breve introdução, aposto que alguns títulos já passaram por suas mentes neste momento, por isso vamos agora listar cinco animes que nunca tiveram continuação e até mesmo alguns nunca foram finalizados em seus próprios mangás, mas o que fica hoje é apenas a vontade e saudade do que a gente não viveu ainda. The post 5 Animes Que Não Tiveram Final appeared first on Anime United. ![]() A fórmula do sucesso tem variáveis suficientes para complicar qualquer vislumbre futuro de qualquer pessoa, mas se tem algo que é consenso para o sucesso é não ser de nicho. Quando algo é voltando em especial para um grupo de pessoas, se perde a chance de alcançar um grande público, o que acontece exatamente com muitos animes que se encontram em grupos muito específicos, mas, há como furar a bolha sabendo criar uma obra que alcance a muitos, e é aí que Overtake entra. O esporte a motor é nichado, e dentro deste nicho há outros nichos ainda menores, se há a Fórmula 1 e Indy, há campeonatos de turismo, kart, motociclismo nacionais que são ainda menos conhecidos dos mais populares, e suas regras, espaço, formulação, não são tão usuais quanto de esportes mais comuns e acessíveis, o que não ajuda e muito a angariar novos fãs para o desporto, e este é o enredo base de Overtake! ![]() Eu trouxe em minhas Primeiras Impressões do anime original lançado em outubro de 2023 com basicamente o mesmo prefácio, pois de fato, mostrar o esporte a motor e seus meandros não é tão interessante para a maioria das pessoas, e colocar uma pessoa que é totalmente avulsa ao esporte como o pivô das ações foi o primeiro ato para furar a bolha. Kouya é um fotógrafo jornalista que ficou manchado por uma foto trágica no grande terremoto de 2011, o que o traumatizou pelo resto de sua carreira. Até que ele consegue por meio de sua belíssima ex, Saeko Yukihira, um trabalho na cobertura do Super GT e F4, no famoso Fuji Speedway. Ele não conseguia tirar fotos de pessoas desde a tragédia de 2011, mas tudo mudaria em sua vida quando tirou uma foto única de Haruka Asahina, um jovem piloto que tenta alcançar melhores resultados por uma pequena equipe, que corre basicamente por meio do puro amor ao esporte, pois nem patrocinadores possui para bancar a atividade esportiva. ![]() Kouya então entra de cabeça no esporte e procura ajudar o jovem piloto e sua equipe, mas é uma criança procurando saber de mecânica quântica, o que começa a mostrar o tom da obra. O esporte motor aqui não é somente uma fachada, tão pouco uma desculpa para que o enredo exista, mas o pivô de tudo na obra. Nós vemos o desenvolvimento de um piloto talentoso, mas prepotente em uma figura mais maleável, que compreenda mais do que está ao seu redor, por meio do fotografo todo atrapalhado, e que vai conseguindo melhores chances de vitória ao longo dos episódios com isto. Em paralelo, Kouya também tem um desenvolvimento de sua figura traumatizada, em alguém que consegue chegar ao objetivo máximo de sua profissão, fotografar o momento ideal das pessoas. Ele aprende mais do esporte e se torna um fã melhor em cada episódio, ajuda a procurar patrocínios para a pequena Komaki Motorsport, procura erguer o moral de Haruka. ![]() Até que sua antiga foto que marcou sua carreira para sempre, se tornou algo mal visto pelos patrocinadores, e quanto tudo estava dando certo, esta grande tragédia ressoou mais forte, e tudo foi água abaixo. A dinâmica entre os personagens é o que te cativa no anime, pois Kouya é o pivô das ações nos episódios, e quem de fato consegue amolecer o duro Haruka em sua persona, e o mesmo consegue entender melhor e ajuda no processo do trauma de Kouya, uma mão lavando a outra e desenrolando este novelo de lã. A trama da obra envolve duas camadas, ambas de superação das barreiras de cada um, e foi muito bem desenvolvida. Você não fica preso a uma linha somente, você acompanha detalhes interessantes do ramo de jornalismo, como o desafio de levar a informação e relatar os fatos ao povo, e suas consequências, e também o lado do desporto, com as rivalidades, desafios pontuais do esporte, dinâmicas do esportista, o que é um detalhe interessante na forma de contar uma estória. ![]() O lado desportivo não é deixado de lado ou mesmo mal colocado, e a forma como foi colocada é a segunda forma de furar a bolha do nicho. O desafio do piloto é conseguir os melhores resultados com o equipamento que tem para alcançar as melhores equipes, e progredir sua carreira ao nível profissional. Os patrocínios servem para bancar isto tudo, e promover marcas a um novo patamar, e com mais dinheiro, mais treinos e melhores resultados vem. Os episódios têm uma linha reta de desenvolvimento e razão de ser. No começo, Haruka demonstra um talento nato, mas uma falta de experiência e raciocínio nas corridas para alcançar melhores resultados, e com a ajuda de Kouya, os primeiros patrocinadores chegam e seus resultados melhoram, e ele começa a valorizar a ajuda e compreender todo o sacrifício que o fotógrafo tem para com ele. No final, os vários não de patrocínios se tornou num sim, então até os primeiros episódios não ficaram sem ponto final, e tiveram uma razão para tal. A evolução destes detalhes é muito bem-feita e mostrada, e estes dois detalhes, o esporte a motor e o jornalismo, andaram juntos e desenvolveram um enredo que conseguiu ser original e cativante. ![]() E o que dizer do aspecto da obra? Ser original não é fácil, ainda mais nas animações japonesas, onde poucas são as que tem um investimento a altura da obra. É uma obra cativante no que ela mostra ao espectador, colocando-o no meio de tudo com uma bela ambientação. Fiquei surpreso que marcas como Audi, Toyota, Yokohama Tires, a F4 Japão, Super GT, deram um tom de responsabilidade com o assunto abordado na obra. Os personagens têm traços que são belos e bem colocados, e representaram bem a persona de cada personagem, me lembrou um pouco dos traços de Little Witch Academia neste aspecto, e os cenários também correspondem bem com a obra. Expectativas![]() Como eu disse em minhas Primeiras Impressões do anime, o enredo agrada tanto os cabeça de gasolina como eu, quanto quem não conhece o esporte a motor, e a trama realmente é muito bem desenvolvida e proposta. Ela é dívidida entre dois personagens, duas realidades distintas que se cruzam, e tudo entre elas é bem exibido e temporizado ao longo dos doze episódios. Notas![]() Animação: Uma das melhores do ano passado, mesmo o 3D que tem má fama nas animações, foi bem feito, e o 2D mostra a vida que esse anime tem, outra obra que a Kadokawa acertou na mão. 9.0/10 Arte Gráfica: O fato de ser original foi carregado por todos os detalhes, e seus traços são de destaque. 8.0/10 Personagens e Enredo: A trama é sem dúvidas o destaque máximo, duas linhas que se cruzaram pelo automobilismo, desenvolvido completamente e bem executado com personagens igualmente únicos na trama. 10/10 Trilha Sonora e Ambientação: Ambientação do esporte é bem-feita e condiz com a realidade na qual a obra se baseia, apesar de que os sons dos F4 são os mesmos, há momentos que a sincronia não funciona bem, não é algo grotesco na experiência, mas a trilha sonora passa batida. 5.0/10 Geral: Não ter uma dublagem foi um pecado da Crunchyroll, o anime é interessante do começo ao fim, a trama realmente é bem montada e exala originalidade, e a animação atrai a qualquer fã de animes, não deve a nenhum anime para disputar seu interesse. 8/10 Veredito![]() Aos cabeças de gasolina, fãs de tramas bem envolventes, e que queiram ter algo novo em suas listas, Overtake é um anime a ser colocado em sua lista. Não há um pecado a ser reparado por quaisquer pessoas, sua estória é fenomenal e seu grafismo é proporcional ao que entrega. ![]() Completo mais um ano de Anime United, e agradeço a vocês que leem e curtem meus textos, o meu mais sincero obrigado! The post Análise de Overtake! appeared first on Anime United. ![]() Faz quase dois anos que eu trouxe nesse site o retorno de Togashi com Hunter x Hunter e, desde então, após outro hiato, finalmente estamos colhendo os louros de nossa perseverança, afinal quem acredita sempre alcança e agora a lenda voltou à ativa em seu Twitter nos agraciando com novos capítulos como uma máquina de desenhar. ![]() Em sua última aparição, Yoshihiro Togashi, lançou um total de 20 capítulos (380 – 400) e, enfim, tivemos um breve vislumbre de tudo o que está acontecendo no navio e os personagens que estão surgindo aos poucos. Parece até mentira que a história finalmente está continuando, mas está mesmo acontecendo. Dessa maneira, vamos agora resumir brevemente (após dois anos do último resumo) onde tudo parou para nos prepararmos para essa nova fase de felicidade. Como já sabemos, o atual arco é focado na expedição para o Continente Negro através do navio baleia, porém existem diversos núcleos dentro desse navio que estão com seus próprios conflitos, em que os de mais destaque são: a guerra de sucessão dos príncipes e a disputa entre as famílias de máfia do Império Kakin (Heil-Ly, Xi-Yu e Cha-R). São vários assassinatos e desaparecimentos em meio a esses confrontos, tudo isso enquanto vão surgindo personagens novos e muito interessantes, logo esse é um arco que vem ficando cada vez mais pesado e sangrento. Togashi tem um imenso trabalho ao trazer tanto os núcleos com destaque nesses últimos capítulos. É incrível como são tantas subtramas dentro de uma trama geral e todas elas, apesar de parecer confusas, são precisamente alinhadas com o conflito geral da sucessão. O único ponto negativo desse ritmo de história é que, por conta dos hiatos, quem acompanha o enredo se perde muito fácil no que está acontecendo e a leitura pode acabar se tornando enfadonha e caótica. ![]() Por outro lado, com esse foco na máfia de Kakin e na guerra de sucessão, alguns personagens que conhecemos de outros arcos vão perdendo destaque. Esse desenvolvimento é bastante interessante, pois deixa claro que, em Hunter x Hunter, aqueles que entendemos como protagonistas não irão monopolizar toda a história, e assim teremos oportunidade de observar as outras relações e personagens importantes para a trama geral. Nos últimos capítulos, acompanhamos muito mais os planos dessas famílias da máfia para acabarem umas com as outras, porém, se observarmos, tudo tem ligação com a guerra de sucessão entre os príncipes (Como já pontuei logo acima). E sobre essas aparições dos membros da máfia, vemos como o mangá busca se aprofundar muito nas explanações e interações entre seus coadjuvantes que servem muito como porta-vozes dos detalhes presentes na história. ![]() Esse é outro aspecto extremamente importante nas obras do Togashi, pois ele gosta muito de focar no diálogo expositivo. É muito fácil você se ver refletindo dentro de um capítulo com balões e mais balões de textos intermináveis. Algumas páginas, por exemplo, têm poucas figuras e muito texto. O autor, como já sabemos tem um estilo marcante de trazer explicações e de colocar personagens, teorizando, chegando a conclusões entre eles mesmos e trazendo muita complexidade ao enredo. Dessa maneira, em muitos capítulos você pode, facilmente, demorar uns 10/20 minutos até ler tudo, assim, aqueles que preferem mais ação, se verão entediados aqui, mas esse é um traço característico do autor, em primeiro lugar, logo não faz sentido reclamar a essa altura do campeonato. ![]() Agora voltando (sobre confronto das máfias): os membros do zodíaco, que estão presentes próximos da ação no navio, buscam tentar solucionar esses conflitos extras o mais rápido possível para que não aconteça nenhum motim entre os passageiros e todos morrerem por consequência, enquanto que a Trupe Fantasma está do outro lado (agora com Illumi como membro também) estão infiltradas buscando pelo Hisoka, e agora estão aliados contra o grupo Heil-Ly (responsável pelos crescentes desaparecimentos e banho de sangue). Enquanto isso, a população do navio já suspeita que algo perigoso está acontecendo e pode vir uma possível rebelião por aí. ![]() Cada família dessas máfias de Kakin querem matar os inimigos do seu príncipe que eles estão interligados, sobretudo os subordinados de Morena, que são os que mais estão causando terror no navio, já que a habilidade dela é de quanto mais pessoas eles matam, mais eles sobem de nível e isso acaba gerando uma sede de sangue muito grande nesses membros e como eles também são muito vorazes e com poderes notáveis e intrigantes, fica ainda mais interessante de se observar a dinâmica entre essas máfias, sobretudo porque Cha-R e Xi-Yu se uniram temporariamente com o objetivo de derrotar Heil-Ly, até mesmo jogando a Trupe Fantasma contra o grupo de Morena. Então é um usando o outro e cada um com seus poderes específicos e muito sangue, muita luta, muita perspicácia para poder bolar esses planos e paramos no capítulo 400, justamente na Trupe Fantasma se envolvendo diretamente contra os membros da máfia comandada por Morena. ![]() E se pararmos para analisar, é muito possível que Morena tenha um grande plano além de acabar com seus inimigos. Provavelmente, se tudo seguir do jeito que está seguindo, ela pode acabar gerando uma rebelião que vai impactar diretamente essa guerra de sucessão, do qual ela foi negada por ser uma filha bastarda. Então, é muito possível que todos os planos dela estejam convergindo diretamente para acabar com todos os que estão presentes naquele navio e, consequentemente, com o mundo que sempre foi injusto com ela. ![]() Mas entre todo esse caos, acontece algo que nos desperta uma grande empolgação: um dos membros das máfias que estão contra a Morena (chamado de Hinrigh), acaba se encontrando com Hisoka e nós podemos perceber que o mesmo, parece um pouco diferente do que nós estamos acostumados. Ele não está com aquela forma caricata, ele está (entre muitas aspas) de uma maneira mais “normal”. E isso gera muitas teorias para os leitores do mangá, porque essa vai ser a primeira aparição do Hisoka nesse arco. ![]() Ele está com a mesma personalidade, como sempre arrogante e misterioso, porém, a sua aparência mudou bastante. Não sabemos o motivo e aí gera as teorias: Será que ele está com a aparência diferente para se misturar na multidão e a Trupe Fantasma não vê-lo para que ele ataque discretamente? Ou ele está daquela maneira por causa da forma como ele foi morto (todo desfigurado) e então, quando ele refez a sua aparência com a Bungee Gum, voltou com uma aparência mais comum e menos chamativa? Não temos como saber ainda, pois Togashi é imprevisível. Essa foi a única aparição de Hisoka, que chegou daquele jeito e deixou todo mundo nervoso. Mas a Trupe Fantasma também está cada vez mais perto dele, ou ele que está cada vez mais perto das aranhas. Dentre tudo isso, temos muitas questões que estão abertas e que só saberemos (talvez) nos próximos capítulos. Não temos como garantir se o Hisoka vai aparecer nessa nova leva que o Togashi está nos trazendo, mas são muitas teorias em relação a essa subtrama do Hisoka e a Trupe Fantasma. ![]() Diante disso, todos esses confrontos e envolvimentos de personagens que já conhecemos nos levam a um questionamento: O que Kurapika fará quando descobrir? E, falando sobre ele, tivemos uma curta aparição do mesmo, mas podemos perceber que ele está empenhado em fortalecer seus colegas guardas e entrar nessa guerra de cabeça para salvar o príncipe que o contratou. Ainda assim, à medida que notamos a história se desenrolando nesses capítulos, percebemos que o final desse arco da guerra de sucessão, antes de chegar no Continente Negro, será um caos completo, porque não é apenas o conflito das máfias e a briga pela sucessão entre os príncipes, também existe uma pequena fagulha que está escondida em meio a todo esse emaranhado de feno que vai crescendo à medida que nós lemos e que chegará a causar um grande incêndio. Obviamente não estou aqui desmerecendo a magnitude das brigas já estabelecidas, mas existe um conflito específico que vem de duas direções e que estão convergindo aos poucos para se formar em meio a todas essas intrigas e inflamará ainda mais toda essa disputa, que é um conflito que nós já sabemos de arcos passados. O Kurapika está lá em cima junto com os príncipes, no primeiro andar, o Hisoka está subindo a convite da máfia e a Trupe também está subindo aos poucos, procurando pelos seus inimigos. Ou seja: nós percebemos que haverá um encontro de rivais, com o Kurapika descobrindo uma Trupe Fantasma viva, enquanto as aranhas procuram o Hisoka para poder matá-lo e o Hisoka procura a trupe para poder duelar. ![]() Em contraponto, nós também temos o príncipe Tserriednich que tem uma sede de sangue e de poder imensa, sendo ele muito perspicaz, muito ávido pelo trono e também admirado com seu fortalecimento e aprendizado aos poucos do Nen. O que nos leva a pensar: Quem se aliará a quem? Talvez o Hisoka se alinhe ao príncipe, ou a Trupe Fantasma se alinhe ao príncipe, ou até mesmo o Kurapika se alie ao Hisoka contra a Trupe Fantasma e eles dois também contra o príncipe. Vai ser um conflito gigante de interesses que vai causar um ápice nessa história do arco da guerra de sucessão e que vai ser muito interessante. O que Togashi está proporcionando é simplesmente belíssimo, pois o navio pode ser grande, mas não o suficiente para impedir que Hisoka, Kurapika e a Trupe Fantasma se esbarrem em algum momento e tenham um embate insano. E por falar em Trupe Fantasma, tivemos uma pausa nas brigas e vemos, mais uma vez, o passado das aranhas na cidade Meteoro (que, na verdade, é uma extensão do que já vimos antes) e como era a relação deles entre si e com os outros. O que vemos quando crianças é como eles eram felizes, mesmo na situação em que viviam, além de ver o Chrollo como um jovem com um futuro brilhante pela frente e como ele conseguiu juntar todos para fazer coisas legais e se unirem como uma “trupe”. No entanto, infelizmente descobrimos algumas das coisas que eles tiveram que passar para acabar se tornando esse grupo de assassinos a sangue frio que conhecemos. ![]() A perda da amiga que tanto amavam gerou um rancor nos corações daquelas crianças, Chrollo teve que ser forte por todos e só aqui percebemos como se iniciou o respeito e admiração que toda a trupe tem por ele até os dias de hoje. Togashi, em sua obra, nos faz sentir empatia até por um grupo de vilões que todos odeiam, incluindo um dos protagonistas, assim não conseguimos odiá-los totalmente, sentimos suas perdas pelos membros mortos durante a história e seus flashbacks nos fazem ter sentimentos conflituosos em relação a eles. ![]() Em relação ao flashback com a Trupe Fantasma e as relações deles nesse conflito com a máfia, algumas pessoas teorizam que a trupe na verdade não é tão má quanto a gente pensa, que sempre que eles matam é por algum motivo, já que dizem no mangá: “não tirem nada de nós”. Questiona-se que até mesmo o genocídio do clã Kurta foi por conta de algum motivo específico e que talvez o clã tenha afetado ele diretamente. Inclusive, será que a personagem que inspirou o Kurapika na sua comunidade é a Sheila que foi amiga da Trupe na cidade Meteoro? Vamos aguardar isso ainda. No entanto, retomando sobre os atos da Trupe Fantasma, se pararmos para lembrar do arco de York Shin, eles também não precisaram de motivos para matar aquele tanto de pessoas. Obviamente, todos eram mafiosos, mas ainda assim, eram muitas pessoas, alguns até inocentes ali. Os membros da trupe massacraram todos para roubar os itens do leilão, assim como eles causaram o genocídio do clã e roubaram seus olhos para vender. ![]() Não podemos colocar a mão no fogo ainda em relação aos motivos da Trupe Fantasma, porém tudo nos leva a entender que o Togashi irá nos revelar muito mais daqui para a frente. Então, o que será que nos espera de revelações sobre a Trupe Fantasma? Nós descobriremos isso mais para frente. Mas, por enquanto, esse é um resumo bem geral da história de Hunter x Hunter entre o último hiato e esse retorno repentino da lenda Yoshihiro Togashi, talvez com mais outros 10 capítulos de muitas revelações e embates diretos. Vamos aguardar ansiosos pelo que estará por vir e torcer que o próximo hiato não demore tanto. Agora deixem nos comentários o que vocês teorizam sobre esse arco da guerra de sucessão e se faltou mais alguma informação aqui que é muito importante para a história. Sei que existem ainda mais subtramas dispersas pelo enredo, mas procurei compilar as principais que mais se destacam. Não se esqueçam também de compartilhar e nos ajudar com o engajamento.The post Hunter x Hunter Está de Volta! Mas Onde Paramos da Última Vez? appeared first on Anime United. ![]() A composição de uma obra pode transformar um enredo convencional, num dos melhores já feitos em seu tempo, ou mesmo definir conceitos do que é uma obra prima, ou um lixo completo. A composição define tudo o que compõe a obra, foi o que eu disse em meu texto sobre o fracasso total, a definição de uma animação ruim que foi High Guardian Spices. Uma obra se divide em;:personagens, enredo, trilha sonora, animação (caso seja 2D ou 3D), roteiros, cenários, desenvolvimento de estória, enfim, uma amalgama de coisas que fazem com que vivamos uma experiência completa, seja nos livros, seja nas obras audiovisuais. Eu prometi a pouco tempo que faria um texto falando sobre o tema, pois é importante conhecer o que está por trás de cada anime, e descobrir o que faz o sucesso de algo. Alguns que falam “tal obra é superestimada”, o dizem por não conhecerem com profundidade da razão por trás do sucesso entre os fãs daquela obra em específico. ![]() Vi muitos falando a respeito de Frieren, que era uma obra superestimada, normal, e bla bla bla, a velha birra de alguém que não sabe separar o gosto pessoal da qualidade real do produto, se o cidadão acha algo bom por que ele gosta, e algo ruim por que ele não gosta, desconfie seriamente da integridade de quem coloca isto como opinião, pois mais se parece com assassinato de reputação, do que uma opinião lastreada em critérios sólidos. E não viram o que estava visível para todos, cenário medieval, ação envolvendo magia, diálogos bons, boa animação, um pouco de ecchi que não faz mal a ninguém normal, e voilá, mas é claro, não se limita a somente isso, se não este texto acabaria aqui. A boa composição acerta nos detalhes que melhor casem com a obra, assim como uma música acerta na escolha dos instrumentos e vozes utilizadas, bem como os campos harmônicos que se a usa, para criar um obra-prima. Então, o primeiro elemento para se analisar do que se compõe a obra, está no fato do que ela explora. Voltando ao exemplo de High Guardian Spices, ela explora detalhes incríveis das terras médias, das criaturas deste tipo de cenário, mostra detalhes da exploração dos personagens neste mundo, e ainda tem a evolução do tempo, que é o grande cerne da obra, bem colocada no nome, ‘Jornada’. ![]() O Incrível Circo Digital, um mundo digital caótico, onde seus personagens sofrem de uma dor contínua e não há escapatória, tem inspirações na literatura por parte da autora da série, mostrando que sim, obras boas exploram de si ao máximo, e estão embasadas em outras obras. Pegue Star Wars por exemplo, Flash Gordon, samurais, o exército nazista com as tropas stormtroopers, George Lucas se inspirou em muitos detalhes de nosso mundo, e de outras obras para compor uma das marcas mais reconhecidas do planeta Terra. Há também outras formas de tornar uma obra marcante, aquilo que ela aborda, e como explora isso ao espectador. Fullmetal Alchemist é recorrentemente lembrado como uma das melhores animações já feitas, e nem digo por conta de listas e pontuação no Myanimelist, e sim por ser comum vermos detalhes dele colocados em análises, memórias afetivas por parte de sua base de fãs, e é inegável, é uma das obras mais importantes e impactantes. A obra narra a estória de irmãos que tentaram quebrar as leis da alquimia de seu mundo, tentando trazer dos mortos, sua mãe, um perde o corpo e o outro, um braço e uma perna. E não fica simplesmente nisso, ambos estão numa jornada não somente para recuperar seus corpos, porém, a reflexão sobre a moralidade de até onde a alquimia pode ser alcançada, foi ao ponto de mostrar um pai transformando sua filha, numa quimera, certamente uma das cenas mais marcantes dos animes. ![]() Fora o tema de guerra, e como ela afeta diretamente uma sociedade, principalmente dentro do indivíduo, tente achar algo que aborde tantos temas pesados de uma só vez, e veja a lista ficar mais curta que Edward Elric. Gundam fez bastante isso, usando o tema do longínquo espaço sideral, e apresentando dinâmicas sobre a sociedade. Cowboy Bebop mostrando os efeitos de uma sociedade quebrada, desde pessoas afetadas por experimentos químicos, até mesmo a capacidade de se estar vivo sendo determinada por outrem. E não é que sejam obras carrancudas, há humor, há leveza, há momentos de conquista e solução, mas nem sempre é o caso, o que torna a obra mais palpável e sólida ao expectador, mostrando principalmente que animes não são coisas fofas para crianças assistirem. Algo que me entristece no cenário artístico ocidental, é ver que toda uma profundidade foi largada pelas produtoras, por algo mais vazio e sem lastro, veja a minha análise sobre High Guardian Spices, até mesmo de outras pessoas, e tudo que você encontra é uma agenda, uma mensagem que não se relaciona com quem realmente deseja se entreter, e ao escolher uma agenda e não uma proposta, os japoneses estão sendo uma concorrência avassaladora para um Ocidente que não sabe o que mostrar. ![]() Sendo o último detalhe de uma boa composição, o que ela agrega, e precisamos falar da genialidade japonesa em colocar qualquer obra como um vasto arquivo cultural, de jogos a animações. Gran Turismo tem uma das trilhas sonoras mais reconhecidas no cenário de jogos digitais, o seu jazz sendo um dos detalhes mais marcantes e lembrados no meio gamer. Mario sendo um jogo que revolucionou o gênero de plataforma, os animes que trazem aberturas e encerramentos, que lá na frente, faz com que seus espectadores tenham álbuns inteiros de bandas descobertas nestas secções dos animes. Pego Konosuba, pois é um exemplo conhecido e amplamente divulgado entre os fãs, logo, é mais fácil de visualizar e compreender. O sucesso de Konosuba não está em ser um isekai, quando lançado em 2016, o gênero já era saturado o bastante, mas o seu humor de sitcom, com personagens ridiculamente posicionados e bem usados, um vagal sortudo, uma deusa inútil que não sabe usar da fé de seus adoradores, uma cruzado que ama sofrer, e uma adolescente prepotente com um poder praticamente inútil, e os quatro vivendo as maiores aleatoriedades por conta da disfunção de cada um. Tem cenas de ecchi, principalmente na Darkness, e nelas há embutido um humor bem explorado. Há ação na qual também são usadas na comédia da obra, bem como uma narrativa que sempre te deixa animado, pois é uma fórmula que realmente chama o espectador. Mieruko-chan, que é bem conhecido na bolha otaku, é bem lembrado pelo seu ecchi, numa obra de terror e gore, e incrivelmente deu certo, como misturar um motor diesel para um carro de corrida, pode não ser a coisa mais lógica, mas a Audi não quis saber disso, e produziu uma linha inteira de protótipos vencedores, que se distinguia da concorrência. ![]() Os animes são bem compostos, pois sabem colocar ao espectador aquilo que realmente quer, mesmo quando não há lógica e conexão direta, e nisso criam interesse em toda uma gama e produtos, desde os mangás ou jogos, nos quais as adaptações em animes são colocadas, a uma linha cultural completa, que vão de álbuns completos de músicas e suas respectivas bandas, cantores ou grupos musicais, até pôsteres e objetos relacionados àquela obra. Uma obra bem composta traz um prato com vários ingredientes diferentes, e que atraem com eles diferentes públicos, o deixando mais atrativo e dando apelo para quem consume aquilo de verdade. The post A Composição das Obras appeared first on Anime United. ![]() Ficha Técnica – Boku no Hero Academia 7ª Temporada Gênero: Ação ![]() Boku no Hero Academia está de volta, mas a nossa alegria é apenas temporária, afinal o que vem pela frente é apenas dor e tristeza. Nesse retorno tivemos tudo o que precisávamos: ação, diálogos conflituosos, empolgação, resumo e introdução do que nos espera e também um vislumbre de como estão, visualmente, os personagens principais. Dessa maneira, quem ainda vai assistir pode esperar não ficar no tédio com esse debute após um ano de pausa. Logo nesse episódio de estreia da sétima temporada sua opening nos é apresentada e, se refletirmos bem com cada frame, saberemos o quanto ela está sendo genial nas referências. Obviamente esse é um comentário para aqueles, como eu, que estão acompanhando pelo mangá, mas se você está apenas vendo o anime, não se preocupe, pois não são mostrados spoilers nítidos nessa abertura. ![]() Sobre isso, uma coisa ou outra até são entendidas a partir da sexta temporada, mas de resto são apenas pontes entre relacionamentos e destinos de alguns personagens que são colocados estrategicamente para entendermos por entrelinhas. A letra também reflete muito o cenário que aguarda a história de Boku no Hero e enquanto isso a trilha sonora escolhida está digna do que nos espera, realmente linda, e só pelas notas e tons dessa abertura já conseguimos entender quem é a banda responsável pelo tema: nada mais, nada menos, que a grande TK de Ling Tosite Sigure (Unravel – Tokyo Ghoul). De uma maneira geral, é um bom episódio introdutório de temporada, afinal ele nos dá um parecer completo sobre a atual situação da história, sem deixar de se conectar à temporada anterior e garante a ação que esperamos por todo esse tempo. Essa foi uma estreia reveladora e bem dirigida, digna da grandiosidade da Star (nossa nova personagem), então posso dizer que a espera valeu à pena e podemos aguardar com positividade pelo que se seguirá daqui em diante. É o princípio do declínio da felicidade dos personagens (e nossa), explicitamente demonstrado com o início esperançoso e o final aflito que teve. ![]() Sinopse:
![]() Expectativas:Minha opinião pode ser bastante duvidosa sobre o anime de Boku no Hero, afinal sou uma grande fã que consegue enxergar qualidades no que muitos acreditam ser defeitos, mas estou genuinamente esperançosa com essa temporada. Não apenas por que o primeiro episódio foi bastante empolgante, mas também pelo fato de que estive esperando essa adaptação de arco desde que saiu no mangá. Eu sei que agora é só derrota, dor e tristeza, mas ainda estou com altas expectativas e gostaria de acompanhar cada episódio que está por vir, mesmo de coração apertado. Nota: 5,0/5,0The post Primeiras Impressões: Boku no Hero Academia 7ª temporada appeared first on Anime United. A profundidade das histórias e a qualidade gráfica com que são apresentadas faz com que o Anime seja uma fonte inesgotável de bons conselhos e ensinamentos que levamos para a vida. De entre algumas das mais recorrentes – e mais valiosas – lições de vida que podemos aprender com o anime, temos:
Estas são temáticas adjacentes a muitas das histórias da animação japonesa que têm encantado pessoas de todo o mundo. E é precisamente esse sucesso global que faz com que o anime tenha muito a ensinar a outras áreas, especialmente ao marketing e ao design. Aprender a língua… e o valor de uma boa históriaOs filmes e séries Anime há muito que são utilizados por professores e alunos – incluindo autodidatas – para aprender a língua e cultura do Japão. Mas os ensinamentos do Anime vão mais além. Algumas das principais lições a reter são: A importância do storytellingO storytelling, ou a habilidade para contar histórias, é, verdadeiramente, uma arte. E a arte nipónica do storytelling é de tal forma (re)conhecida e apreciada que até fez história nos Óscares! Uma boa história, tanto no anime como num vídeo publicitário de uma marca, tem o dom de envolver a audiência, utilizando técnicas narrativas com base em personagens fortes e bem construídas, com quem a audiência se liga a um nível emocional. Abraçar a tecnologia e apostar em gráficos de grande qualidadeAliando o storytelling a elementos visuais poderosos e bem desenhados, obtemos a fórmula do sucesso. Mas, se há décadas tudo era desenhado à mão, hoje não faltam ferramentas para ajudar a construir personagens visualmente atrativas. Isto demonstra a importância de tirar proveito da tecnologia e de apostar na qualidade gráfica dos suportes de apoio à história. Nesse sentido, outras indústrias, como a do iGaming, podem e devem adotar a mesma filosofia. Um exemplo: um operador de jogos de azar deve investir na qualidade gráfica do design do seu site, e tirar partido da tecnologia para permitir o acesso em qualquer lugar, através, por exemplo, de uma app de casino premiada. Abraçar a diferença e primar pela autenticidadeRecorda-se daqueles cinco pontos que enumerámos no início? O primeiro deles é precisamente “sê fiel a ti mesmo”. Esta autenticidade, na vida, no anime, ou em campanhas de marketing, é absolutamente chave para o sucesso. Ser autêntico e fiel a valores é uma máxima que muitas empresas ainda não entenderam. Mas a verdade é que, nos últimos anos, os estudos do comportamento do consumidor apontam para a importância de as marcas se posicionarem no mundo, demonstrando a sua verdadeira natureza e abraçando a diferença entre si. E o poder disto é imenso. Em filmes e séries anime, a audiência envolve-se com as personagens com que se identifica. Nas campanhas de marketing, o efeito é o mesmo: os consumidores criam relações com as marcas que representam, verdadeiramente, os seus interesses, muitas vezes tomando posições públicas em prol do que não é mainstream. O poder de uma comunidade forteOutra lição importantíssima prende-se com a criação de uma comunidade forte. Vemos esse fenómeno em franchises populares como Pokémon, Harry Potter e o Universo Marvel. No mundo Anime, alguns dos mais populares franchises incluem Dragon Ball e Naruto. Estamos a falar de comunidades orgânicas que se criam e unem os fãs à volta de vários conteúdos não oficiais, criados de fãs para fãs, e dos quais as marcas podem – e devem – tirar partido. Do ponto de vista do marketing, criar uma comunidade não é fácil. Só que, muitas vezes, essa comunidade existe, mas as marcas não lhes dão a devida atenção. Mas, hoje, sabemos da importância de ter uma audiência engajada: é assim que ela se mantém fiel e continua a consumir – seja ver anime, seja comprar produtos ou serviços que os designers e marketeers se esforçam para vender. Multiplicidade de formatosA indústria anime tem apostado em diferentes formatos para reter e expandir a sua audiência. Além da relação estreita entre anime e manga, a indústria tem tirado partido de outros formatos para conquistar mais público, e envolver os fãs a longo prazo. Exemplos disso são as apostas em curtas-metragens que são feitas a pensar no YouTube e outras redes sociais, e até em podcasts, que exploram o processo criativo por detrás do anime. De igual modo, os profissionais de marketing e design também têm de apostar em múltiplos formatos para chegar a uma audiência cada vez mais fragmentada. O truque para fazê-lo bem é entender quem está onde, e quem prefere o quê. Nesse ponto, há muito a aprender com a indústria anime. Lição extra: vale sempre a pena fazer boas açõesEsta é outra lição de vida que os filmes e séries de animação japonesa não oferecem, que tem aplicação na vida pessoal de cada uma, e nas empresas. No caso das empresas e marcas comerciais, as boas ações valem a pena, e são recompensadas pelos consumidores que lhe atribuem maior confiabilidade, reforçam a credibilidade no mercado, e aumentam as vendas! The post O que o marketing e o design podem aprender com Anime appeared first on Anime United. ![]() Cada vez mais estamos presenciando uma crescente onda de adaptações de manhwa, os quadrinhos coreanos, para animação. Nessa perspectiva, percebe-se que as adaptações de manhwa para anime oferecem uma experiência única, combinando a riqueza visual e narrativa dos quadrinhos coreanos com a maestria da animação japonesa. Assim eles fazem uma belíssima fusão entre os dois mundos, mas só quando os estúdios sabem bem o que fazem e não desperdiçam o potencial dessas histórias. Pensando nisso, vamos agora listar as adaptações de manhwa para anime que estão disponíveis na Crunchyroll para assistirmos em excelente qualidade: The post Adaptações de Manhwa para Anime Disponíveis na Crunchyroll appeared first on Anime United. ![]() Bem, demorei para comentar, tanto que já saiu alguns episódios, mas vamos falar de Kaiju N°8 e já aviso; se vocês estão esperando um novo Chainsaw Man, podem desistir. Sinceramente me espanta o quanto de propaganda que essa série ganhou nas semanas que antecederam o lançamento, pois Kaiju N°8 é uma série mediana, digo isso sendo um dos leitores assíduos da obra no Mangá Plus, e sim, é mais uma obra vindo de lá e de fácil acesso para o ocidente, inclusive, recentemente a obra ganhou uma tradução Pt-Br. ![]() Tive uma discussão com uma pessoa numa rede social afirmando que ler por lá não auxilia diretamente o autor da obra, sendo que o funcionamento do aplicativo, que também pode ser acessado por navegador, é tentar emular a revista física da Jump para leitores do resto do mundo que querem ler legalmente suas histórias favoritas, enfim, a Shueisha infelizmente não me paga para fazer propaganda dela. ![]() Bem se você assistiu os primeiros episódios sabe muito bem que essa é uma história do Kafka, um cara no início da quarta década de vida querendo salvar o mundo dos Kaijus, mas acaba se tornando um, bem no ritmo de Attack on Titan, e digo mais, Kaiju N°8 pega toda parte boa das três primeiras temporadas de Attack on Titan, ou seja, o sentimento de sobrevivência contra um inimigo comum, mas sem um protagonista querendo matar todos em sua frente para justificar sua vingança enraivecida. Claro que o Kafka sustenta sua vontade para entrar nas tropas de defesa pelo dia onde ele e Mina juram que salvariam o mundo, porém seu pensamento muda com o fato dele ser a ameaça e seu desconhecimento sobre seu corpo transformado, algo que mais para frente da obra se tornar um medo existencial perante as ameaças, claro, limitando os spoilers para mais à frente. ![]() A história é mais focada no enfrentamento das forças de defesa anti-kaijus contra os próprios, buscando demonstrar o mundo e as pessoas que o vivem, por isso que ainda estranho que essa obra tenha uma adaptação tão prematura, já que ainda estamos no meio do segundo arco do mangá e aparentemente estamos distantes do encerramento, porém essa obra não busca trazer tantas discursões imponentes para o cenário atual, e sim uma simples dualidade do bem contra o mal, porém uma coisa interessante é como a obra busca construir seus personagens. ![]() Tendo em principal seu protagonista, pois a vida do Kafka muda da água para o vinho a partir do momento que ele se torna o Kaiju N°8, pois finalmente conseguiu realizar seu sonho de fazer parte das forças de defesa, porém sendo uma ameaça a mesma, algo que será trabalhado daqui para frente no anime, pois tenho certeza que o anime irá adaptar todo o primeiro arco da obra que acabará com o surgimento do N°9, assim também começando minha sessão de spoilers, pois muito do que justifica a obra estará daqui para frente como o surgimento dos Kaijus numerados e sua estranha semelhança com os humanos, ou quiçá, os humanos modificados estejam tão próximos aos monstros que buscam combater. ![]() Todavia esse é o spoiler mais forte que posso revelar, já que a narrativa é presa a sua corriqueira dinâmica da batalha, tanto que os capítulos mais atuais estão mais presos ao fato de que o autor quer desenvolver mais os personagens, algo que espero que o anime mostre bem, ou que até expanda, pois Kaiju N°8 tem como seu principal expoente seus personagens e como suas vidas acabaram se entrelaçando pela batalha, não só por uma tragédia coletiva como em Attack on Titan, pegando o próprio Reno que busca se tornar um soldado das forças pela vontade de ser forte, porém seu encontro com o Kafka muda tudo; um toque bem típico em shonens, porém aqui possui uma certa “seriedade” perante a narrativa de como a própria Mina e Shinomiya demonstram bem, ironicamente sendo a última ser a primeira contemplada. ![]() Enfim, vamos falar do anime, já que o material original é bem monolítico na sua temática e solenemente ignorar o design de personagem à Boruto, sim, eu também fiquei confuso quando o visual dos personagens saiu, porém, essa inquietação sumiu logo nos primeiros minutos do episódio quando tudo ficou mais fluido, mas uma coisa que não gostei foi a abertura, mas não toda, apenas o conjunto da obra, pois como vem acontecendo com muitas obras atuais, praticamente todos os detalhes são disponibilizados com uma certa antecedência e Abyss não pareceu tão ruim quando ouvi pela primeira vez. A animação presente da abertura remete uma ou outra coisa do original e o CGI usado foi muito bem trabalhado, porém ambos juntos não ficou bom, ficou parecendo uma abertura de anime da Netflix. Algo bem complexo que será solenemente ignorado por grande parte das pessoas, algo que para a Crunchyroll é um belo tiro do pé por ser um material comercial jogado fora, tanto que prefiro o encerramento, mesmo que a música remeta a algum PES ou FIFA antigo. ![]() A dublagem também irei ignorar, tanto a japonesa quando a brasileira, muito porque não cheguei a consumir a segunda e não quero comparar ambas por isso, apesar que no “original” temos a Fairouz Ai e meio que gosto dela. ![]() No Conjunto da obra, Kaiju N°8 é uma obra mediana, algo necessário para que possíveis obras de artes tenham seu verdadeiro destaque, porém isso não faz a obra em si descartável, pois é possível gostar de algo mediano, principalmente quando esse medíocre possui uma ótima produção, não esperem um novo FATE ou Chainsaw Man vindo aqui, mas ter uma expectativa baixa melhora sua experiência com a obra, e quem sabe, você acabe indo atrás do material original. Bem, é basicamente a minha opinião sobre a obra, como pode ver não me alonguei muito e que essa opinião não reflete o pensamento do site. Provavelmente não será a mesma da sua, então deixe nos comentários seu pensamento e lembrando que eu não xinguei ninguém, então façam o mesmo e até logo. The post Vamos Falar de:Kaiju N°8 appeared first on Anime United. ![]() O titulo brasileiro virou Os Irmãos Grimm e as Facetas do Horror, eu assisti a nova série de anime da Netflix que oferece um toque sombrio nunca antes pensado aos contos de fadas clássicos, adicionando uma camada de escuridão, ao mesmo tempo assustador, surpreendente, inovadora, muito bem contada e intrigante. Para começar, como um bom leitor das histórias infantis, devo dizer que eu já conhecia a verdadeira história criadas pelos irmãos Grimm, porém se você não sabe, quando os irmãos escreveram o que hoje conhecemos como Contos de Fadas, as histórias originais não eram exatamente o que hoje as crianças lêem. Os irmãos incorporaram a escuridão do mundo real baseados em muitos acontecimentos que eram reais naquela época, coisas como abusos sexuais, canibalismo, mentiras e outras faces terríveis até mesmo no nosso mundo moderno, que foi com o tempo diluída para se adequar e agradar às crianças. Sim, na realidade, o que conhecemos hoje, e contamos as crianças como os modernos Contos de Fadas dos Grimm são, na realidade, variações bem simplificadas e harmoniosas do que foi originalmente escrito. ![]() Na série recém-lançada da Netflix, os contos como Cinderela e Chapeuzinho Vermelho entre outros ganham um toque muito mais sombrio. Michiko Yakote adiciona uma camada de escuridão que é ao mesmo tempo assustadora e encantadora, para dizer o mínimo. Eu assisti e sinceramente gostei demais, acredito principalmente que essa adaptação foi muito mais criativa e mais bem elaborada do que as adaptações das mesmas histórias nos cinemas. A série tem seis episódios baseados em seis histórias de contos de fadas. Contos como Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, O Sapateiro e Os Elfos, Os Músicos da Cidade de Bremen e O Flautista Encantado. Não vou falar de suas histórias, até por que se você está aqui lendo, já deve ter assistido ou se não, eu gostaria muito de te encorajar a assistir, porque eu tenho muita certeza que essas versões vão mexer seriamente com a sua cabeça. Eu apenas queria dizer que adorei cada mudança principalmente no episódio da Cinderela que adicionou deliciosamente um toque sinistro à história original, contando a mesma com um vilão surpreendente, tornando o primeiro episódio tão forte que o deixará viciado na série. ![]() Cada história é apresentada de uma maneira muito diferente, com os Irmãos Grimm e sua irmã Charlotte, formando o fio condutor. A animação é excelente e de primeira linha, bem fluida e muito bem ambientada ao formato sinistro de cada narrativa. O enredo foi apresentado de uma maneira bem diferente, sendo que durante a conversa entre os Irmãos Grimm e sua irmã, Charlotte você é levado de volta à era medieval, enquanto as histórias se passam na era moderna. No geral, Os Irmãos Grimm e as Facetas do Horror (Grimm Kumikyoku) não é um anime para pessoas que tem estomago fraco, e definitivamente não é para aqueles que pensam que tudo é bom e doce se for animado. Não deixe que os títulos o levem a pensar que se trata de contos para crianças, esses contos de fadas são para adultos e têm como objetivo tirar você da complacência e aprofundar os cantos mais sombrios de sua psique. É um anime refrescante, mas não um conto com o qual você se contentará para acalmar sua mente após um longo dia de trabalho. The post Os Irmãos Grimm e as Facetas do Horror (Grimm Kumikyoku): Análise da nova série Netflix appeared first on Anime United. |
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